terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Porque cansaço é meu nome.


O ano ainda não chegou ao fim, mas a necessidade de fazer um balanço é grande e pesada. Não gosto de carregar peso em nenhuma circunstância. Eis que, calhou dessa necessidade surgir bem no começo do meu inferno astral. É, eu acredito nisso.
Digamos que 2009 tenha sido um mingau de Mucilon. Não é ruim, mas não é bom. Você tomou porque tinha que tomar e ponto. Até agora eu não tive a sensação de produtividade. Só sinto cansaço. Uma vontade imensa de jogar tudo pela janela e gritar qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. Porque não está fazendo sentido pensar demais, se dedicar demais, querer demais.
É evidente que passa pela minha cabeça que o problema não esteja no ano, no encontro dos planetas ou na lua. Eu não sou otária o bastante para creditar problemas somente ao externo, mas também não tenho talento para cavar uma fossa com o que ninguém vê. Seguro firme em um fiapo de qualquer coisa e me balanço. E seja o que tiver que ser. Se não for pedir demais, deixo um recado:
Inferno astral, vá embora.
Paraíso astral, sorria pra mim, vá.


P.S: Bele, coisa boa ter você de volta. Mesmo!

domingo, 15 de novembro de 2009

1 ano sem me apaixonar. Bobagem pouca. Besteira. Mentira! Eu bem sei disfarçar meus dramas internos, mas isso quando eu quero. Quando acho por bem. Porém, hoje vou divagar sobre esse assunto, porque me veio uma pergunta no início de noite de um domingo tedioso: que diabos aconteceu com meu coração? Enjoou? Tá fechado pra balanço? Quer um tempo só para a dona, fazendo a linha egoísta? Desistiu?
Eu não sei a resposta. Quem souber ou supor, fique à vontade para me contar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Porque eu voltei e tenho muito pra falar.

Antes de voltar pra cá, fiquei pensando no tanto de coisa que aconteceu durante esse hiato e se voltar seria uma boa, já que tenho visto outros cantos empoeirados por aí. Como sou do contra e a favor do improvável, eu voltei e dessa vez para ficar ( já falei isso antes? anyway!).
Para começar tenho que justificar o meu sumiço. Não, essa não é uma justificativa carregada de culpa. Sumi porque fui obrigada e, vá lá, porque tive vontade também. Tempo ultimamente é artigo de luxo na minha rotina. Enfim, estar aqui hoje escrevendo é uma exceção da regra bem clara que tenho seguido: estude-trabalhe-respire. Bom, heim?! Eu acordo e vou dormir rindo, acreditem.
Tirando a falta de tempo, devo admitir que a minha impaciência( sim, a danadinha) foi quem me trouxe pelo braço para vim até aqui. É, ela me domina. Me encostou na parede e indagou qual o motivo para tanta gente estar reclamando da vida nos últimos dias. Melhor, o motivo para tanta gente estar reclamando da vida comigo. Sim, comigo! No meu ombro amigo que anda cansado. Calma, amiguinhos, isso não é uma reclamação. Não se matem, nem me queiram mal. Mas vamos todos combinar que a situação tá tensa e a insatisfação é feijão com arroz nos nossos dias. Pronto! Definido assim, fica óbvio que o problema de João é parecido com o de Maria, que se identificou com Josefa e até comentou com Serafim que se piorasse ela não saberia o que fazer.
A solução? A fórmula mágica? Não sei, gente. Deve ser um mal súbito, um efeito do H1N1, sei lá. Só sei que eu faço parte da trupe dos insatisfeitos e só não protesto mais porque o cansaço é muito grande e eu prefiro dormir.
Tenho uma ideia: compremos vassouras e espanadores. Vamos todos fazer faxinas nas nossas vidas. Garanto que os eixos tendem a se encontrar quando o ambiente favorece.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Para Denílson


Denílson faz parte do grupo de pessoas que todo mundo merece conhecer durante a existência. Inteligente, divertido, sagaz, único. Muito embora não sejamos amigos de longa data, eu gosto dele e isso já basta.
O fato é que gostar de Deni é fácil, e ao mesmo tempo difícil. A princípio, seja por defesa ou por mera marra que é peculiar a seres tão interessantes , a postura dele é fechada. Fala pouco, ri pouco, mas deixa aquela pista de que tudo isso pode virar muito. Posso me gabar horrores por ser uma das poucas pessoas que podem ve-lo gargalhando, destilando venenos potentes e confabulando sobre a vida bandida. Momentos deliciosos.
E é justamente nesses momentos que eu me pego pensando no tanto de coisas que ele tem a mostrar, mas que guarda ou reserva para um momento oportuno. Eu tenho total convicção sobre a sua imprevisibilidade, mas, impaciente que sou, fico na espera do instante em que ele vai causar um espanto tremendo. Não pelo óbvio, mas pelo que nem ele mesmo espera. Pensando assim, concluo que é isso que, por fim, me faz gostar dele. Surpresa é sempre uma delícia.
O destino há de ajudar, baby. Existência luminosa pr'ocê.

P.S: absurdo não termos uma foto juntos! É bom tratarmos logo de providenciar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Sozinho eu vou ficar melhor. Só por mim eu vou ficar melhor."


Desde as primeiras horas do dia 1º de maio de 2009 um zilhão de coisas aconteceram. Ainda não absorvi nem mesmo metade de uma dessas coisas. Estou vivendo todas elas como funcionário de repartição pública que não tem mais nada a fazer a não ser carimbar papéis seguindo o ritmo da respiração. A diferença é que as coisas não estão se repetindo e não são tão simples como papéis que pedem carimbo.
Se por um lado é estranho que eu não tenha comentado com ninguém, por outro lado é ainda mais estranho que eu nem mesmo tenha vontade de fazer isso. E não é de hoje que essa vontade não bate na minha porta. Vai ver cansou de ouvidos dispersos. Ou então eu estou me tornando aquele tipo de pessoa auto suficiente que vê, sente, faz e vive. "Sem nenhuma vergonha, numa cara de pau." Como se nada estivesse acontecendo.
Tá bom, chega. Vou alí viver.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Para Eduardo.





Ontem foi o aniversário do Eduardo. Pra quem não conhece, ele é meu melhor amigo desde outubro de 2005. Nos conhecemos um pouco antes, meio que por acaso e superficialmente e jamais imaginaríamos que meses depois estaríamos juntos numa mesma sala, fazendo o mesmo curso e descobrindo tantas coisas em comum. No dia em que eu o encontrei na universidade e falei com ele com a intimidade de quem já se conhece há séculos, sem querer eu já dava início ao que hoje é essa relação de cumplicidade e afeto que nós dois construímos. Crescemos juntos, descobrimos coisas, sentimentos, personalidades, desejos. De certa forma, um marcou uma época na vida do outro com coisas simples, mas intensas. Daquelas que a gente sempre vai olhar pra trás e lembrar.



Ao contrário do que dita os achismos acerca da amizade-que-dá-certo, não somos totalmente iguais. Eduardo é do tipo sempre disposto, baladeiro, topa qualquer coisa pra se divertir. Eu já sou na minha, só vou se estiver muito a fim e troco uma balada por um filme bom sem pestanejar. Lógico que isso já foi um problema para nós dois. Às vezes ainda é, mas hoje, tanto eu quanto ele sabemos o limite de cada um e o direito que temos em decidir ser e fazer seja lá o que for, mesmo contrariando as expectativas do outro. Não há mais a necessidade de agradar a qualquer custo. Somos o que somos e ponto final. Ponto para nós!



O fato é que formamos uma parceria daquelas que são reconhecíveis por todos que nos cercam. Nos entendemos pelo olhar e deixamos claro, ainda por ele, o que nos agrada e desagrada, como se tivessemos ensaiado por dias aquela reação. O que falta em mim, está nele e vice-versa. Complicamos e descomplicamos aquilo que está aos nossos olhos sem esquentar a cabeça, achando graça e, no final ,sempre tiramos algo de bom. A nossa cuca é fresca.



As nossas vidas estão mudando - ainda que para nós dois, que sempre reclamamos, ela esteja parada- e a cada dia que passa o nosso elo fica mais forte, as decisões sobre os nossos caminhos mais próximas, o momento em que teremos a vida de "gente grande" também. A única coisa que eu posso desejar é que estejamos juntos, ainda que distantes, rindo de tudo e de todos, criticando nós mesmos e os outros e dando voos cada vez mais altos. Tudo isso sempre no nosso estilo cuca-fresca. Porque se melhorar, estraga.



domingo, 26 de abril de 2009

Sábado animado.


Esse foi um fim de semana histórico. Minha irmã viajou. Minha mãe e meu padrasto também. Meu irmão foi trabalhar. A casa ficou povoada apenas por mim e por meu outro irmão, mas esse nem conta porque só fica em casa durante as horas obrigatórias de sono que todo ser humano precisa. O tédio já está acampado por aqui faz um tempo e eu não sei como colocá-lo pra fora. Vassoura atrás da porta já não adianta mais. Então, como quem não tem outra alternativa a não ser tentar se entreter com o que já sabe que não presta, fui ver televisão. Antes que alguém me pergunte "ah, porque não viu uns filmes?", aviso: eu vi quase 10 filmes na última semana. Uma rotina de baixar uns dois ou três por dia. Logo, estou meio enjoada. Vai passar. Como eu ia dizendo, fiquei zapeando de canal em canal. Ri, quis chorar, espancar, quebrar, degolar, deprimi e ri de novo.


O primeiro programa foi o "O melhor do Brasil". Acho esse nome uma pegadinha, na moral. Se o melhor for o que eu vi, não quero saber do pior. Estava passando o quadro " Vai dar Namoro" que é tipo aquele antigo do SBT "Em nome do amor". Eu nunca acreditei nesses programas e, se você conhece alguém que já participou e confirma que é mesmo verdade e acontecem filas para encontrar um namorado(a), me apresente essa figura. Preciso tirar da mente que os produtores do programa pagam uns dez reais pra cada participante se sujeitar ao rídiculo. Troquei de canal. A Rede Tv é mestre em fazer programas toscos com a maestria de quem sabe que está fazendo uma porcaria, mas faz mesmo assim e tem quem assista. Alguém já viu um em que uma mulher bizarra fica fazendo caretas, terror e sedução pra induzir o telespectador a ligar pra ela e brincar o jogo dos sete erros? Ninguém liga. E se liga, nunca deve falar ao vivo. Ela fica com um relógio dizendo que vai dar os últimos minutos e quando eles acabam, ela continua dizendo que a pessoa pode ligar. Ou seja, uma pegadinha para a pessoa correr até o telefone, tropeçar no cachorro, quebrar o queixo e conseguir digitar os 20 números. Horrível.


As novelas da Record tinham tudo para serem boas e quem sabe até melhores que as da Globo, mas eu continuo achando que os atores globais que debandam para lá desaprendem a arte de atuar. Fanfarrões. A MTV já foi melhor, mas salvou um pouquinho do meu sábado. Só um pouquinho. Porque vê reprise o fim de semana inteiro é uma merda. E por falar nisso, assisti a reprise do CQC. Tá, é divertido, mas não é essa coisa toda que eu já ouvi falar por aí. O careca é o dono do programa e eu não entendo o quê aqueles outros dois fazem por lá. Não entendo mesmo. Mais uma vez na Rede Tv, Amaury Jr. estava no ar apresentando uma cantora que eu nunca ouví falar, mas que segundo ele, é amiga do Valentino e vai bombar com seu mais novo sucesso. Pedi pra morrer, mas não tinha quem me ouvisse.


A minha última tentativa foi na Globo, por pura falta de opção e paciência. Altas Horas já foi melhor, ou então eu não tive sorte ontem. De-tes-to aquela sexóloga Laura Miller, seu timbre de voz e suas explicações. De-tes-to mais ainda a maioria das perguntas que fazem para ela. " Qual a idade certa para transar?". Foi um menino com cara de uns 20 anos que perguntou isso. Deprimi. Se eu fosse ela, responderia: é como ir no banheiro, meu filho. Depende da sua vontade e oportunidade. Mas ela deu aquelas explicações didáticas que só servem para crianças. Meu fiapo de paciência foi pro ralo e eu fui dormir, mas antes vi que na Globo estava passando um filme de terror. Bizarro. Mais um sábado desse e eu peço pra sair.

domingo, 19 de abril de 2009

O expurgo.


- Oi, tudo bom? Olha só, eu sou um personagem, tenho interesse em algo que é muito próximo a você, de modo que a sua ajuda seria de suma importância. Calma, você vai ganhar com isso. Como disse antes, sou um personagem. Na verdade, vários. Posso ser o que você quiser, banco o palhaço, o pateta, o que ama todo mundo, até as formigas da África. Não largarei do seu pé até que a sua ajuda resulte em alguma coisa. Depois... bom, depois a gente se vê por aí.

Depois de alguns meses de digestão lenta e disfarçada, eu entendi a peça inteira e decidi jogar aqui pra ver se alguém se inspira, sei lá. Dá um espetáculo do caralho. Só não me chamem pra assistir ou fazer uma ponta. Agradeço imensamente.





sexta-feira, 17 de abril de 2009

Tudo tende ao tédio.



Há 4 anos atrás a internet não fazia parte da minha vida. Não como hoje, claro. É certo que uma vez ou outra eu era meio que obrigada a ir numa lan house- num tempo em que elas eram raras e super distantes da minha casa - perder tempo e dinheiro. No mais, vivia bem sem internet, computador e toda essa coisa viciosa que essas duas ferramentas trazem. Foi em 2005 que, por conta de um grande feito meu, minha mãe decidiu que era hora de nos presentear com a parafernália viciante. Que beleza. Que desgraça. Nessa mesma ordem.

Esqueci o que era telefone, papo no portão de casa ou qualquer forma de comunicação. Cartas, nem pensar. E-mail, cartão virtual, comentário no álbum de fotos, no blog. Sem contar no Msn, que ainda não era todo modernoso como hoje e me deixava agoniada com aqueles bonequinhos rodando. Ainda deixa, na verdade. Ah, esqueci de dizer que a minha internet era discada,ou seja, eu esperava até meia-noite, para depois esperar a boa vontade do meu provedor e só depois de uns 10 minutos estar na rede. Esqueci de dizer também que eu brigava com meus irmãos para ficar no computador. Brigas sérias, meu povo. Monopolizava da meia-noite até às seis da manhã( juro!) e das duas da tarde do sábado, até às seis da manhã da segunda-feira. Bizarro.

Nas minhas andanças, " conheci" um monte de gente, fiz amizades e me apaixonei virtualmente. Sim, paixão mesmo. E foi essa dita cuja que me abriu as portas do Orkut. Quem tem boa memória lembra que para se cadastrar no site era preciso um convite e tal. Coisa fina. Recebi o bendito passaporte e fiquei super bocó sem saber qual a serventia daquele site, o que eu ganharia com ele, se ao clicar, hackers não entrariam no computador, na minha vida, enfim. Adentrei o mundo azul. Foi quase um parto. Adicionar as pessoas no Orkut não era tão fácil como hoje. Pelo menos não pra mim. Havia um ar blasé, uma certa indisposição em fazer amizade e tornar o site popular. Fiquei quase 1 mês só com a minha paixonite como amigo. Uma beleza. Uma desgraça. Mais uma vez, na mesma ordem. Se eu achava o máximo receber recados dele, odiava quando os mesmos não chegavam, mas fulaninhadetal recebia uns dois ou três. Vai entender. E eu queria MUITO um depoimento dele. Sim, eu era bocó.

Eis que os convites foram para o lixo, as portas escancararam-se, os álbuns ficaram maiores, adicionar é bobagem diária e a quantidade de ferramentas é imensa. De bizarrices também. Não é mais a mesma coisa, não tem mais a mesma graça( pelo menos pra mim), mas eu continuo por lá. O carinha por quem eu me apaixonei também, mas tudo acabou depois de 2 meses e a gente nem se fala mais. Sabe como é...tudo tende ao tédio.


Ah, e hoje eu mando cartas. Sério!

domingo, 29 de março de 2009

Sobre o que eu não entendo.


Olá, tudo bem? Eu falo mal de pessoas. E você?
Não vejo problema algum em assumir isso. Acho estranho quem diz que não fala. Mesmo. Porque, minha gente, não há vivente neste mundo de meu deus que não sinta a língua coçar e a vontade de destilar o veneno ser mais forte. Caso alguém conheça esse ser, me apresente. Vou saudar a criatura e ficar na espreita esperando um vacilo.
Bom, como eu não estou aqui para falar dessa característica, tampouco desse ser de luz intensa que eu não conheço, aviso-lhes: vou falar mal de uma colega. Para proteger a identidade da querida, não citarei o nome. Sou legal, gente. O nome da fofucha será AFormandaDoMilênio. Sim, isso mesmo.
O fato é que AFormandaDoMilênio, como o próprio nome já diz, vai se formar. Alías, deixa eu ver aqui no Msn. Ah, parece que se formou. Sensacional. Como eu ia dizendo, AFormandaDoMilênio descobriu que no final de toda graduação rola uma formatura. Imagino como seja emocionante pra ela. A emoção é tanta que quando ainda faltava 1 ano para esse momento inexorável, minha cara colega já gritava no Msn em frases - sim, porque pra mim quem escreve em caixa alta está gritando - algo do tipo " PRÉ-FORMANDAAAAA!", "NÃO INCOMODE, ESTOU FAZENDO A MINHA MONOGRAFIA", "ATOLADA NA MONOGRAFIA" e afins. Até hoje eu não entendi o que diabo a levava a estar no Msn, se ela tinha o tratado de Tordesilhas para escrever com a carta da princesa Isabel em anexo. Incógnita.
Como já disse antes, entendo a emoção. Também estou meio emocionada com o fim que se aproxima, mas ainda tenho minhas faculdades mentais no lugar. O fim da graduação é o começo, minha gente. O Msn é só um programa para você conversar com amiguinhos. Para anúncios, recomendo outdoors. Eu acho mais digno. Óbvio que existem casos bem piores que o da minha querida AFormandaDoMilênio, mas hoje eu escolhi falar dela. Vou ali limpar o veneno no canto da boca.

Qualquer semelhança é mera coincidência.
AFormandaDoMilênio , não me odeie.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu poderia estar dormindo.


Antes de mais nada, digo logo que, ao invés de estar aqui escrevendo, eu poderia estar dormindo. Digo essa frase sempre. Porque dormir é vida. Dormir é ar. Dormir é existência. Pronto, assumi meu vício. E com orgulho, diga-se de passagem.

Você, que está aí agora lendo isso aqui, também poderia estar dormindo. Poderia até me encontrar na terra dos sonhos. Que beleza! Conversaríamos sobre música, o show do Los Hermanos que eu perdi, e o do Camelo que eu vou perder, os desejos que a gente carrega no peito safado, as insatisfações que alfinetam nossa alma, os alvos de cobiça de cada dia, as raivinhas que imbecilmente deixamos viver, as sutilezas da existência. Na verdade, posso conversar sobre tudo isso quando estou acordada, mas ultimamente tenho sido acometida por uma preguiça infame, uma falta de disposição de abrir a boca perto de pessoas. Tirando meu brother imaginário - que me ouve pra caralho todos os dias - não tenho sentido vontade de conversar com ninguém. Isso é sério. Pior de tudo é que nem um analista eu posso procurar sem ficar com a idéia fixa na cabeça: eu poderia estar dormindo.
* Como eu não estou dormindo agora e a Raysla deixou uma atividade pra mim, vou ser dedicada e responder tudinho. Tenho que listar sete coisas que me fazem sorrir e passar pra mais sete pessoas. Lá vai:
1- Estar apaixonada.
2- Minha mãe.
3- Encontrar gente querida.
4- Ganhar presentes.
5- Beber com meus amigos.
6- Meu sobrinho Pietro.
7- As bobagens da vida.
As 7 criaturas que indico para esse dever de casa:
Gabi - Correspondência Quimérica
Loh- Um som de voz
Alan- Versos Controversos
Juliana- Descalça a beira mar
Bele- Bele K. e perigosa
Gabriela- Vida que começa
Taís- Universo Feminino
Ah, ganha-se um selinho fofo, babies. :)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre regressos, retornos e afins.

Quase todo mundo que me conhece – se não todos – sabem que eu sou fã do Los Hermanos. É, fã mesmo. Já passei incalculáveis horas ouvindo cd’s, pensando no quão impressionante é a capacidade do Camelo e do Amarante de reproduzir em música os meus sentimentos, zicas e afins. Desde que eles decidiram pelo hiato sem previsão de retorno, volta e meia alguém me pergunta algo do tipo: “e aí, cadê a sua banda? Acabou, né?” Antes eu me irritava um pouquinho. Hoje eu acho graça. Por ser uma banda que marcou muito uma fase em minha vida, me senti meio que abandonada quando eles saíram de férias. Já faz mais de um ano, eu acho, e só hoje consegui escrever algo sobre isso, mesmo já tendo tentado algumas vezes. Retornos são bons, ás vezes. Não alimento esperanças no regresso deles. Se rolar, vou adorar. Mesmo. Se não rolar, continuo vivendo. E eles também, ainda bem.
O fato é que hoje – e somente hoje – tomei conhecimento do retorno dos Backstreet Boys e dos shows que eles farão aqui no Brasil. Na minha adolescência eu era fã desses caras. Sério. E nem tenho vergonha de assumir. O Brian era o meu favorito, mesmo todo mundo dizendo que ele parecia com um rato. Pessoas, todas aquelas que me disseram isso infindáveis vezes, eu vos digo: tenho que concordar um pouquinho com vocês! Antes de concluir essa reflexão, fui ver uma foto atual dos meninos. É, muita coisa mudou. O Kevin nem está mais a fim de fazer cara  sensual, enquanto canta que alguém quebrou o coração dele. O AJ, que era o revoltado da turma, está meio careca, o rosto redondo, mas continua querendo ser o “bad boy”. Howie D, que nunca se destacou muito – isso é fato – continua com aquela cara de latino gente boa e sexy, mas um tanto quanto coroa. O Brian se parece mais com um ratinho, só que com uma franja que eu não entendi. Tá, tudo bem, parei. E o Nick, o mais novinho, continua bonitinho, mas não é mais a mesma coisa, se é que vocês me entendem.
Antes que alguém queira me espancar por estar insinuando que o passar dos anos faz com que as pessoas mudem pra pior, deixo claro que não se trata disso. Não mesmo. Não possuo a fonte da juventude eterna para me dar a esse luxo. O que quero dizer é que os Backstreet Boys não são mais os mesmos, de modo que a banda e tudo que ela representava e fazia me parece sem nexo no tempo atual. Eu posso estar enganada, mas fico com as seguintes dúvidas: será que eles vão dançar Everybody daquele mesmo jeitinho? Será que vão fazer clipes no esquema amo-a-garota-mais-linda-da-Flórida-mas-ela-não-vai-me-querer-até-o-final-do-clipe? Será que as adolescentes de hoje – cada vez mais complexas de se entender – vão curtir? Será que não vai ser mais uma volta relâmpago acompanhada de igual sumiço, que nem fizeram as Spice Girls?
Tenho meio que o pé atrás com essas coisas. Vamos ver no que dá. No mais, continuo achando que retornos são bons, ás vezes. E só ás vezes.


domingo, 1 de março de 2009

Parei de beber.


É, parei. Sério. Me sinto a Santana falando isso, mas adianto logo que não sou como ela e aqui em casa ninguém precisa esconder os frascos de perfume. O fato é que, motivada pelo meu amigo Eduardo * - que foi quem me iniciou no mundo do álcool - e também por meu hiato de 1 mês em virtude de um novo adorno que coloquei, decidi parar. Quero dar um tempo e testar como será o meu comportamento nas ocasiões onde algumas cervejas me davam uma leveza boa de sentir na hora e péssima de segurar no dia seguinte. Odeio ressaca álcoolica. Acho até que mais do que a ressaca moral. Na possibilidade de escolher, nenhuma das duas . Se bem que ando necessitando perder a dignidade numa noite qualquer dessas e voltar pra casa com os sapatos nas mãos,os pés desfalecidos de tanto dançar e uma garrafa de água mineral. Bem digna. Vou testar na próxima sexta-feira e depois volto aqui para contar no que deu. Ou não. Vai saber.


* Eduardo é meu amigo-parceiro-guru-irmão-amante-dupla-a-porra-toda-em-minha-vida.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Inutilidade.


Não sei ao certo o que significa odiar. Todo mundo diz que odeia alguma coisa. Eu digo que odeio várias coisas, mas não sei direito como é esse negócio. Não sabia, eu acho. Se esse sentimento for capaz de impedir que você se dirija a uma pessoa pra dizer uma palavra qualquer, porque simplesmente você fica impaciente e irritada só de pensar nisso, eu sei o que é odiar.
Se a presença de alguém é capaz de fazer as coisas mais engraçadas perderem a graça e o ar ganhar um peso escuro, eu sei o que é odiar. Se a sua vontade maior era de que essa pessoa, esse ser, essa coisa, não soubesse o seu endereço, seu telefone, nada a seu respeito e paradeiro, eu sei sim, o que é odiar.
Se com tudo isso, eu ainda consigo sentir pena por alguns segundos, eu não sei mais de porcaria nenhuma. Não sei nem que sentido faz até mesmo escrever isso. Ódio!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Um regresso. Ou não.


Volta e meia eu tenho vontade de escrever. Eu sei que parece sem nexo alguém que se presta a fazer um blog e o deixa ás traças durante meses, chegar dizendo que tem vontade de escrever e não sei o quê. Eu esqueci de dizer que tenho preguiça. Muita. Daquelas que fazem o sujeito ficar sentado numa cadeira, na frente de um computador pensando no quão idiota é estar alí, quando se poderia estar dormindo, em alpha, enfim. Mas há preguiça até mesmo pra se levantar. Calma, não se preocupem, já estou tomando um composto que promete me dar força, vigor,leveza e tudo mais. Uhu! De qualquer forma, é importante deixar claro que eu tenho forte apreço por preguiça e não vai ser nenhuma super-bomba-de-ferro que vai mudar isso.
Tenho pra mim que conheço a fórmula capaz de me livrar desse estado insuportável de tédio,maresia e insatisfação. Preciso de um emprego. Quero um emprego. Necessito de um emprego. Su-pli-co por um emprego. Se você souber de alguma vaga para uma estudante de Geografia que quer muito ocupar ainda mais a mente e ganhar um dinheiro, me ligue. Sério. Veja bem, eu podia estar procurando namorado no Orkut, gravando vídeo tosco, tentando enganar o governo pra ganhar um bolsa-qualquer-porra, mas estou aqui, solenemente, dizendo que quero e necessito de um emprego. Pronto, desabafei.
Tirando essa necessidade e todo o infortúnio que ela me traz, devo dizer que a cada dia que passa tenho a certeza de que se deus desse asas para cobras, nem isso aqui você estaria lendo e que eu preciso de mais uma coisa além do emprego, mas deixa pra lá.