domingo, 14 de dezembro de 2008

Sobre o que eu vejo.


Ás vezes me cansa o tanto de informação que eu absorvo mesmo sem querer.
Queria desligar a antena, cortar todos os fios de transmissão, ficar fora do ar por minutos ou um dia, pelo menos. Queria observar menos. Ou talvez, nem observar. Porque nesses momentos eu sigo a linha fina, quase invisível, que quase ninguém enxerga. Que me faz arder os olhos. Que me faz querer um óculos de lentes pretas e opacas. E, porque não dizer, que me faz rir da cara inocente de quem vê o ululante. É, vai ver eu gosto um pouco disso tudo. Vai ver eu preciso mesmo ser assim. Vai ver eu ganho com isso tudo e sou uma anta por nesse momento, de tanta reclamação, não compreender que o que enxergo não está dito claramente, mas é o que eu penso. É o que deveria ser. E que o será seja límpido como as lentes que eu carrego.