domingo, 14 de dezembro de 2008

Sobre o que eu vejo.


Ás vezes me cansa o tanto de informação que eu absorvo mesmo sem querer.
Queria desligar a antena, cortar todos os fios de transmissão, ficar fora do ar por minutos ou um dia, pelo menos. Queria observar menos. Ou talvez, nem observar. Porque nesses momentos eu sigo a linha fina, quase invisível, que quase ninguém enxerga. Que me faz arder os olhos. Que me faz querer um óculos de lentes pretas e opacas. E, porque não dizer, que me faz rir da cara inocente de quem vê o ululante. É, vai ver eu gosto um pouco disso tudo. Vai ver eu preciso mesmo ser assim. Vai ver eu ganho com isso tudo e sou uma anta por nesse momento, de tanta reclamação, não compreender que o que enxergo não está dito claramente, mas é o que eu penso. É o que deveria ser. E que o será seja límpido como as lentes que eu carrego.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

" Perfumei o corredor..."


Semprei achei que mudança é algo que deve ser sentido grão por grão, como quem cata feijões logo de manhã. Cada um na sua particularidade, diferença e afinidade. O que serve fica, o que não serve, vai pro lixo. Acredito, também, que toda mudança traz coisas boas. Não importa a intensidade, algo de bom está embutido no evento de toda mudança. Por mais que cacos se espalhem pelo chão e pareça que a arrumação vai demandar tempo e muito trabalho, é bom limpar os ares.
No caos fazendo tranquilidade. Pelo caos se renovando. Com o caos aprendendo. Sinto forte a sensação de que nada mais será como antes e processos de renovação seguirão dia após dia. Eu só quero que haja paz, saúde, amor e alegria. Portas e janelas abertas!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sobre Ben Harper, coisas viciantes e minha descaração.


Jesus, me chicoteia.

Eu sempre achei Ben Harper uma delicinha, acho a voz ótima, musiquinhas legais e coisa e tal. Até aí está tudo normal.O que não é nada bom, diga-se de passagem. Eu não sei fazer trabalho no computador sem olhar a peste do orkut, o desgraçado do gmail, o cão do msn e, agora, o diabento do lastfm. Sem ouvir música é uma tortura. Eis que eu coloco  Ben Harper pra ouvir porque como eu não sou super fã, não corria o risco de ficar cantarolando todas as músicas e perdendo a concentração. Perdi. Tentei pegar, mas perdi. Perdi de novo, de novo e de novo. O que é esse homem cantando Sexual Healing? Alías, o que é Sexual Healing, minha gente? Não, eu sei o que é, mas pergunto pra dar mais força para meu "achado" e para minha descaração também. Como assim, Sexual Healing?

Parei. Até o próximo achado viciante,claro.

sábado, 27 de setembro de 2008

Sobre o medo.


Se apresente aquele(a) que jamais sentiu a presença dele. É fato que ele vive comigo e, porque não dizer, vai comigo para outras vidas. É meu algoz quando tudo parece estar bem. Me tortura, tira meu sono, faz minha mente trabalhar no escuro e dá risada quando está indo embora. Com medo eu sou capaz de pensar nas piores coisas. E mais que isso, acredito nelas nem que seja por segundos. Eu odeio sentir medo. Talvez a raiva seja maior porque ele não aparece pra mim de modo que eu possa espancá-lo sem dó. Dentre as mais diversas capas que ele usa, a que mais me atormenta é a da morte. Não tenho medo de morrer, mas tenho medo de que as pessoas as quais eu  amo morram ou sofram. Não é egoísmo. É medo. Não é apego. É medo. É amor. E medo também. Vai ver é por isso que eu amo tão poucas pessoas, mas numa intensidade extrema. Não sei ser pela metade. Vai ver é culpa do medo. Vai ver  eu sou muito tola e não enxergo que o amor é eterno. Quem sabe um dia eu consiga internalizar isso. O fato é que eu estou de saco cheio e resolvi mandar uma carta pra Sr. Medo. Segue abaixo.

Caro Medo,

Alías, "caro" é o caralho. Onde já se viu chamar de "caro" uma criatura deprimente? Vou recomeçar.

Horrendo Medo,

Te odeio. Queria que você morresse, mas confesso que ás vezes( e só ás vezes) você me é útil. Eu não entendo porque razão você se diverte me vendo sofrer. Seria falta do que fazer? Estou de saco cheio da sua presença e tenho sentido que meu instinto tende a ficar cada vez mais agressivo. Sim, isso é um aviso. Melhor, uma ameaça. Decidi te manter preso e vou engolir a chave, certo? Como estou meio sádica, vou colocar grades médias para que você tome a ousadia de tentar fugir. Adoro perseguir cretinos. Vamos brincar de esconde-esconde. No escuro é melhor, não é? Estou animada. Vou jogar pimenta nos seus olhos, queimar suas orelhas com uma vela de 7 dias, arrancar seus dentes com alicate de unha,desenhar o mapa-múndi no seu corpo usando um estilete e o resto eu não conto porque senão, perde a graça. E antes que eu esqueça, vá pra puta que te pariu.

P.s:  E se vier, que seja armado, baby.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sobre o que não me impressiona.


Faz um bom tempo que eu não me surpreendo com uma notícia. Quando me refiro a surpresa, é aquela coisa de deixar a boca aberta, o coração batendo forte, a mente em parafuso por um bom tempo. Coisa forte mesmo. E não é que a minha vida esteja parada. Eu diria que hoje ela está no auge da movimentação e não tenho faltas a levantar. Também não estou com instinto de velho sábio. Quem dera! A questão é que muita coisa se repete e, para uma pessoa que observa muito, a roda se torna cansativa. O oportunismo das pessoas não me impressiona. O mundo é feito de interesses mesmo. Nem vou falar de falsidade porque essa já é caduca, mas não morre. O teatro pitoresco no qual algumas pessoas vivem, também não me impressiona. Volta e meia sou convidada a participar como coadjuvante. A depender do meu humor, eu aceito. Não me faz mal vivenciar o que eu não gosto, desde quando eu tenho a certeza da medida exata do que não me apetece e do quanto a minha impaciência tem o poder de dominar a situação e me mandar embora. Fica tudo certo, tipo aquele negócio de cada um no seu quadrado, sabe? E o mundo roda, o teatro se renova e ás vezes eu conheço alguns coadjuvantes. Sem dúvida, essa é a melhor parte.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"É que eu já sei de cor qual o quê dos quais e poréns,dos afins..."


Eu entendo o cansaço como a luz vermelha de um semáforo indicando que é hora de parar e deixar algo ou alguém passar. Pretendo não me preocupar com a luz verde. Menos ainda com a amarela. Que passe e não se preocupe em ser breve. Eu já perdi a noção do tempo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Qualquer dia desses eu perco o fiapo de paciência que corre em meu ser, faço uma limpeza braba nesta vida e mando uma metade do mundo tomar naquele lugar. É por essas e outras que eu nunca disse que eu era a Sandy.

domingo, 27 de julho de 2008

Alguém me disse que eu posso muito e que fazer acontecer só depende de mim. Esse mesmo alguém me falou de uma luz, de um poder e  da elevação da mente a pontos bem além do firmamento. Assoprou um pó colorido em volta de mim e se despediu.

Obrigada, estranho.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O por que da minha falta de paciência.


Eu adoro objetividade. Acho bacana ir ao ponto exato sem fazer rodeios e sem me perder no meio do caminho. Eu vejo, eu foco, eu sinto. Ainda que haja abstrações, eu processo as coisas como elas são e dou a elas a devida finalidade. Não, eu não sou uma pessoa metódica e sistemática. Jamais saberia ser assim. O comum mesmo é as pessoas dizerem que eu sou cuca-fresca. Acho o máximo. Principalmente porque eu sei o peso exato das minhas neuras e como fazê-las voarem como plumas azuis. Esse auto-domínio não é de sempre e eu devo confessar que já fui uma preocupação ambulante. O depois do que ainda não havia acontecido era pavoroso e eu não dormia por causa dele. O talvez de uma brecha qualquer tinha somente pólos negativos que diziam “não” o tempo todo. A hora de alguma coisa acontecer era pesada e totalmente contra a minha pessoa. O freio era puxado com pressa. Um dia eu fui olhar pro lado e me esqueci de puxar o freio diante do obstáculo. Eu não tive um só arranhão. Só a velocidade que ganhou malemolência. Que beleza. Desacelerar faz bem.
Eu diria que ganhei uma nova vida. O problema tem que ser muito do caralho pra me deixar com a testa franzida. Yeah! Minha pele agradece. O freio a La Caymmi me deu de presente a indiferença e a simplicidade. Eu adoro a simplicidade e a sua forma lisa e concreta de ser. Ser simples é para poucos. Ver as coisas de forma simples é quase anormal. 
E hoje, quando para mim as coisas são lisas, concretas e fáceis de serem vistas e sentidas, as pessoas ao meu redor acharam de complicar qualquer coisa. Minha gente, o que está acontecendo? Por que tanta xorumela? Quem foi que disse que todo mundo é legal todo dia? Quem foi que assistiu O mundo da imaginação com a Xuxa e achou que a vida é assim na real? Pela madrugada. Alguém avisa, por favor, que amar é amar e ponto, gostar é gostar e ponto, mau-humor é mau-humor e ponto, falta de vontade é falta de vontade e ponto, imprevisto é imprevisto e ponto, falta de saco para continuar explicando isso para vocês é falta de saco mesmo e fim. Vai uma água de coco?



domingo, 22 de junho de 2008

Ao meu amor platônico,


Querido, hoje escrevo pra você de uma forma diferente. Não espere amargura, mas também não conte com favos de mel. Não sei ser uma coisa só e você deveria saber disso.Ou saberá um dia. O fato é que desde que soube da sorte de um outro alguém, a mala colorida que eu carregava caiu no chão. Não, eu não a chutei, meu bem. Mas, também não a peguei de volta. Eu não quero saber o que você queria que eu fizesse. Eu não quis saber o que você pensaria quando disquei o número da sua casa e te falei coisas soltas. Pouco me importou o que você achou da minha risada, das minhas gírias e do meu jeito louco de conversar. Acredite, pouco me importa até hoje. O seu embaraço em conversar por quatro minutos com uma estranha passou despercebido diante da sua simpatia e bom humor. Ponto pra você, menino. É uma pena que certos pontos não sejam contabilizados em jogos como o nosso. Eu não queria te contar, mas quem ganhou todos os pontos que você já conquistou até o momento, é quem hoje te escreve essa carta. Não sinta raiva de mim.   " Meu amor, você me dá sorte na vida...". Entendeu? A proporcionalidade das coisas pra mim, segue um caminho inverso e sinuoso. Você está comigo, baby. Você já faz parte da minha estrada. Se as nossas mãos seguirão juntas, eu não posso garantir. Você poderia? Saber disso teria importância no momento? Mudaria alguma coisa? Tanto faz. Eu poderia te dar tudo o que tenho. Você me deu algo que eu necessito demasiadamente e que servirá para toda vida. Como não te querer bem? Hoje a única certeza que posso te dar é que essa história nunca vai ter fim. Pode ser que eu esteja na próxima esquina,tá?

Um beijo em sua paz.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."

É, eu mudei. Ultimamente essa verdade me dá bom dia, me deseja bom apetite, é espelho nos olhos desconhecidos(ou não)que eu fito alegremente ,brilha em sorrisos e gestos e canta música para eu dormir. 
Ainda volto aqui para discorrer mais sobre isso. A música começou a tocar.

domingo, 25 de maio de 2008

"E se demorar, i'll wait for you..."



Adoro chuva quando não preciso ir em algum lugar. Adoro frio quando posso ficar debaixo da minha coberta favorita. Adoro o cinza do céu por lembrar que ele não é assim sempre. Odeio o tédio que combina com isso tudo. Eu sei que o frio aproxima as pessoas, que tudo fica mais aconchegante, alguns dizem que fica até mais elegante, mas meu espírito não está a fim disso esses dias.
Não, não quero o romantismo do frio. Estou achando tudo muito piegas e que me perdoem os românticos. Eu não só adoro vocês, como faço parte do mesmo grupo. Mas, gente, agora não!  Há toda uma estrutura elétrica dentro de mim que não pode ver sequer uma gota de água. Os resultados são terríveis. Torrentes de reclamações infundadas, mas que se posicionam com vida própia, curtos-circuitos que desligam o cordão colorido impulsionador de traquinagens e  apagões debaixo das cobertas. Ah, e ele, o tédio. Eu só estou vendo graça no frio pela possibilidade de tirar minhas botas do armário, tomar café com mais entusiasmo, não sentir calor, usar o pretexto para dançar mais agarradinho em qualquer lugar...


" ela vem, e ninguém mais bela!"

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"Tudo novo de novo..."


                                    Alguém me perguntou o porque da mudança e eu respondi que a culpa era da vontade. Outra pessoa quis saber se havia acontecido algum problema, e eu respondi que não tenho encontrado este ser ultimamente. E depois, quando tudo parecia no seu devido lugar, me indagaram se a razão para tudo isso era cansaço. Heim? Cansar do meu mundo e todas suas cores? Jamais!
A casa é nova, a dona é a mesma, os sonhos são cada vez maiores, os movéis são antigos e coloridos, a música é das antigas e tem cheiro de coisa nova, as flores são coloridas e os amores...ah, os amores são mais vermelhos do que nunca!

Mi casa, su casa!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Lálálálá...

A menina canta no quintal.